O Que Está Errado com a Coabitação?

De um ponto de vista bíblico, o que está errado com a coabitação?

Não categorizado December 7, 2001

This page is also available in: English Español

De um ponto de vista bíblico, o que está errado com a coabitação?

O termo “coabitação” é geralmente definido como um relacionamento heteros-sexual de curta – ou longa – duração fora do casamento. Visto que o próprio termo carrega uma conotação negativa ou pejorativa em nossa sociedade, existe uma tendência de substitui-lo por um termo mais técnico: “companheirismo.” O assunto em si é complexo e difícil de tratar. A prática da coabitação costumeiramente foi entendida como sendo uma indicação de decadência moral ou social, porém este não é mais o caso. A sociedade Ocidental a está aceitando como um tipo de casamento que a própria sociedade encoraja por causa das “leis que regem” o casamento e por causa da redução dos benefícios da Securidade Social das viúvas ou viúvos que se casam novamente. Além disso, a coabitação é promovida pelos meios de comunicação da sociedade Ocidental como uma alternativa válida para os casamentos tradicionais. A fim de avaliar apropriadamente o assunto temos que examinar o entendimento bíblico do casamento e então determinar se a coabitação é ou não é compatível com ele. 1. Instituído por Deus: É a crença Cristã comum que o casamento foi instituído pelo próprio Deus e que ele era muito bom (Gn 1:31; 2:22-24). Ele regulamentou o procedimento de todas as coisas que criou a fim de assegurar suas próprias funções e interações com o restante do mundo criado (e.g., Gn 1:4, 12, 17, 18). Depois de criar Adão e Eva, Deus os uniu e definiu como deveriam se relacionar um com o outro (Gn 2:24). Portanto, o casamento deve ser um reflexo do relacionamento original que Deus estabeleceu entre a mulher e o homem. Qualquer reivindicação de independência da intenção divina para o casamento é seriamente suspeita. 2. Testemunho Comunal: O casamento não é um acordo feito entre dois indivíduos separados de Deus de das outras pessoas. Um casamento bíblico acontece à vista de outras pessoas a fim de introduzir no relacionamento o elemento da responsabilidade mútua. Originalmente, Adão e Eva foram unidos na presença do próprio Deus. Desde então a união de duas pessoas em matrimônio tem sido um evento na comunidade (e.g., Jo 2:1). O estabelecimento de uma família não deve ser uma questão de discrição individual, mas um acontecimento que tenha um impacto na sociedade em geral. Este entendimento não é popular numa cultura que elogia o individualismo, porém ele é importante numa sociedade que procura preservar seus valores e integridade. 3. Comprometimento Permanente: A união efetuada no casamento estabelece um relacionamento de intimidade e permanência. Na Bíblia o casamento não é um experimento através do qual deve ser determinado se o casal permanecerá ou não comprometido um com o outro. Ele é a expressão de um amor que é tão puro e tão profundo que está desejando se expressar num comprometimento vitalício. Neste novo relacionamento o esposo deixa mãe e pai a fim de estar unido ao objeto desse amor (Gn 2:24; Mt 19:6). Existe uma separação que leva a um novo tipo de unida-de permanente estabelecida em amor. É dentro dessa unidade de auto-respeito mútuo, comprometimento e permanência que a atividade sexual acontece como uma expressão “sacramental” da unidade existencial do casal. Esse ato une vidas e não simplesmente corpos. 4. Avaliação: A coabitação é uma união de duas pessoas sem buscar a bênção de Deus e a aprovação formal da comunidade. Por esta razão, ela é fundamental-mente um relacionamento para o presente com pouca preocupação pelo futuro do relacionamento. O elemento de comprometimento mútuo é significativamente menor do que num casamento Cristão e muitas vezes se torna um motivo para o temor pelo menos da parte de um dos parceiros. Também existe neste tipo de relacionamento um risco significativo de uma ferida emocional que deixa cicatrizes indeléveis. Ninguém deve pretender que ela ou ele pode viver apenas o presente sem levar em consideração o futuro e as intenções de Deus por nosso bem-estar social e espiritual. Os membros da igreja devem fazer tudo o que eles puderem para ajudar os casais que coabitam a se unirem pelo casamento Cristão. Devemos amar e cuidar de eles apesar do fato de não aprovarmos seu estilo de vida. Eles simplesmente ainda não conhecem a beleza de um lar verdadeiramente Cristão.