Sexo Antes do Casamento

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Recentemente nosso filho adolescente nos perguntou a respeito das razões bíblicas para se abster do intercurso sexual antes do casamento. Você pode nos ajudar?

O sexo antes do casamento tem se tornado um estilo de vida aceito na maioria dos países Ocidentais (“Cristãos”)—promovido como a norma em muitos filmes e programas de televisão. Quem, então, tem a coragem (alguns podem dizer, a estupidez) para falar contra ele? Deus tem, e nós também devemos ter.

Ao discutirmos este assunto temos que examinar os ensinos bíblicos sobre a virgindade, promiscuidade sexual, casamento e sexo. Aqui estão algumas coisas a serem consideradas:
1. Regulamentos Sobre a Virgindade: A virgindade feminina era altamente valorizada no Velho Testamento, como é evidenciado nestas leis. A perda da virgindade poderia, em alguns casos, resultar em pena capital (Dt 22:20, 21); enquanto que em outros, o casamento era requerido (versos 28, 29). O sexo fora do casamento era um mal social, moral e espiritual que era inaceitável ao Senhor. Com respeito à virgindade masculina, não havia lei bíblica que lidasse especificamente com ela, tornando necessário buscarmos outra evidência.

2. Regulamentos Sobre Promiscuidade Sexual e Adultério: Encontramos legislação especifica condenando a promiscuidade sexual masculina através da prostituição e/ou adultério. Satisfazer os desejos sexuais com uma prostituta não era uma prática aceitável em Israel (Lv 19:29; Pv 5; 7:10-27). No Novo Testamento, a prostituição também era claramente rejeitada e condenada (1 Co 6:15, 16). No Velho Testamento o adultério era um crime capital, resultando na execução de ambos os indivíduos (Lv 20:10; Dt 22:22). Isto simplesmente enfatiza a elevada seriedade com que Deus levava este aspecto da vida social e religiosa de Seu povo.

No Novo Testamento o adultério e a fornicação são considerados incompatíveis com a vida e a doutrina Cristãs (1 Tm 1:10; Hb 13:4; Ef 5:3; 1 Ts. 4:3). Por esta razão, a evidência aponta para o fato que a virgindade era esperada do homem em Israel e na igreja Cristã.

3. Ponto de Vista Bíblico do Casamento e do Sexo: A acusação bíblica contra a promiscuidade sexual é baseada no ponto de vista da Bíblia sobre a dignidade da pessoa e sobre a natureza santa do casamento. O Senhor rejeita qualquer atividade que degrade esses dois princípios. De acordo com Gênesis 2:18, 21-24 o homem e a mulher foram criados para companheirismo, para estabelecerem um comprometimento permanente um com o outro em amor. A unidade física de seus corpos era possível e significativa num contexto de permanência e amor.

Na Escritura, uma pessoa não é apenas um corpo que pode ser separado da totalidade de seu ser, para funcionar simplesmente como um objeto de prazer por outra para satisfação sexual pessoal. Visto que o valor pessoal não pode ser separado do corpo de alguém, uma desumanização do corpo tem um impacto direto sobre nossa autoimagem, deixando cicatrizes permanentes na alma. O sexo sem amor e comprometimento permanente ignora a personalidade e arrasta o indivíduo para uma posição existencial de amante.

O casamento, instituído por Deus, provê a atmosfera existencial dentro da qual os parceiros encontram auto realização, companheirismo permanente, respeito, e expressões de preocupação amorosa um para com o outro (1 Co 7:10). A mutualidade do comprometimento público e suas dimensões de permanência para ambos os indivíduos provêm uma entrega completa segura, de toda a sua pessoa—não apenas o corpo físico—em amor uma para com a outra. Consequentemente, o casal sai do relacionamento sexual—a mais profunda expressão humana de amor—enriquecido e com um sentimento profundo de auto realização; eles se tornam um (Gn 2:24). É apenas na confiança e amor mútuos que nos entregamos a outra pessoa. Prazer físico separado do comprometimento da alma em amor, mesmo se desfrutado por consentimento de adultos, divide aquilo que Deus uniu.

As Escrituras rejeitam o sexo antes do casamento porque o sexo sem amor (ágape), comprometimento e a permanência explícita num relacionamento de casamento é espiritual, moral e emocionalmente degradante. Mas a graça de Deus, através de Cristo, não conhece limites; ela oferece àqueles que deixaram de cumprir a expectativa divina, cura através do amor perdoador divino. Aqueles que o aceitam serão recriados à imagem de Deus. A eles a voz misericordiosa de Jesus diz: “Vá e abandone sua vida de pecado” (Jo 8:11, NVI).