Ostentação e Adorno

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Escrito por Comitê de Pesquisa Bíblica

Discussão sobre os ensinos bíblicos a respeito do uso de joias.

A filosofia básica dos padrões Cristãos como entendidos pelos Adventistas do Sétimo Dia é demonstrada nas páginas 176 e 177 do Manual da Igreja (Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, 2006):

O Vestuário

Como Adventistas do Sétimo Dia, fomos apartados do mundo. Somos Reformadores. A verdadeira religião que entra em cada aspecto da vida, tem de ter uma influência modeladora em todas as nossas atividades. Nossos hábitos de vida devem alicerçar-se em princípios, e não no exemplo do mundo que nos rodeia. Podem os costumes e a moda variar com os anos, mas os princípios atinentes ao devido procedimento são sempre os mesmos. O vestuário é um fator importante no caráter cristão. Nos primitivos tempos de nossas (sic) história, recebemos instrução no tocante à maneira que devem vestir-se os Cristãos, a fim de “proteger o povo de Deus da corruptora influência do mundo, bem como para promover a saúde física e moral” Testemunhos Para a Igreja, vol. 4, p. 634. Verdadeiramente, este é um propósito muito amplo! Não há virtude em vestir-se de forma diversa dos que nos rodeiam, só para ser diferente, mas onde estão envolvidos os princípios de aprimoramento e moralidade, o cristão consciencioso será fiel às suas convicções e não seguirá os costumes predominantes.

Os cristãos devem evitar a afetada ostentação, e o “adorno profuso.” Deve o vestuário ser, quando possível, “de boa qualidade, de cores próprias, e adequado ao uso. Deve ser escolhido mais com vistas à durabilidade do que à aparência.” Nossas vestes devem caracterizar-se pela “beleza,” “graça modesta,” e a “conveniência da simplicidade natural” Mensagens os Jovens, pp. 351, 352. Para que não chame a atenção, deverá seguir os estilos mais conservadores e apropriados à época.

A adoção de novidades e extremismos da moda, no vestuário de homens e mulheres, denota falta de atenção a assuntos sérios. Independente de quão sensatamente se vista o povo em geral, há sempre extremos no vestir que violam as normas da modéstia, e assim exercem influência direta na predominância das condições morais. Muitos dos que seguem cegamente as modas, são pelo menos parcialmente inconscientes desses efeitos, mas os resultados não são menos desastrosos. O povo de Deus deve situar-se sempre entre os conservadores em material de vestuário, “e não lhes preocupe a mente o problema do vestuário” Evangelismo, p. 273. Não serão os primeiros a adotar as novas modas, nem os últimos a abandonar as antigas.

“Trajar-se com simplicidade, e abster-se de ostentação de joias e ornamentos de toda espécie, está em harmonia com nossa fé” Testemunhos Para a Igreja, vol. 3, p. 366. Nas Escrituras é ensinado com clareza que o uso de joias é contrário à vontade divina. “Não com cabeleira frisada e com ouro, ou pérolas, ou vestuário dispendioso,” é a admoestação do apóstolo Paulo (1 Tm. 2:9). O uso de ornamentos de joias é um esforço para atrair a atenção, em desacordo com o esquecimento de si mesmo que o cristão deve manifestar.

Em alguns países, o costume de usar aliança é considerado como que obrigatório, e chegou a ser, na compreensão do povo, um critério de virtude e, portanto, não é considerado ornamento. Em tais circunstâncias, não temos a disposição de condenar a prática.

Lembremo-nos de que não é o “adorno exterior” que expressa o verdadeiro caráter cristão, mas “o homem interior do coração, de um espírito manso e tranquilo, que é de grande valor diante de Deus” (1 Pe 3:3, 4). O uso de cosméticos comuns, contrários ao bom gosto e aos princípios de modéstia cristã, deve ser evitado. O asseio e o procedimento cristão devem ser observados no cuidado e na aparência da pessoa que está em todo tempo tratando de agradar e representar corretamente a Cristo nosso Senhor.

Os pais cristãos devem pôr em campo o peso de seu exemplo, instrução e autoridade, para induzir seus filhos e filhas a vestir-se (sic) com modéstia, e assim conquistar o respeito e a confiança daqueles que os conhecem. Considerem-se nossos irmãos bem vestidos unicamente quando tenham sido atendidas as normas da modéstia no uso de vestuário de bom gosto e conservador.

 

Simplicidade

A simplicidade é um traço fundamental da Igreja Adventista do Sétimo Dia, desde o começo. Devemos continuar sendo um povo simples. O aumento da pompa na religião é sempre paralelo a um declínio na força espiritual. Assim como “a vida de Jesus apresentava assinalando contraste” com o aparato e ostentação de Seu tempo (Educação, p. 77), deve a simplicidade e o poder da mensagem adventista destacar-se como notável contraste da ostentação mundana de nossos dias. O Senhor condena “o dispêndio desnecessário e extravagante de dinheiro para satisfazer o orgulho e o amor da ostentação” Testemunhos Para Ministros, p. 179. Em harmonia com estes princípios, a simplicidade e a economia devem caracterizar nossas cerimônias de colação de grau, os casamentos em nossas igrejas e todos os demais cultos da igreja.