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"Este artigo examina e avalia o argumento de que relacionamentos do mesmo sexo, dentro de um compromisso permanente com um parceiro, são teologicamente aceitáveis". Em seu comprometimento e lealdade à vontade do Senhor Ressurreto, como revelado nas Escrituras, a Igreja Adventista tem rejeitado o comportamento homossexual como uma expressão adequada da sexualidade humana. Esta posição é mantida universalmente pela igreja. Uma mudança ocorreu entre alguns Adventistas que argumentam que, embora o comportamento homossexual geralmente deva ser rejeitado ele é aceitável em uma situação específica. A questão central na discussão não é se o comportamento homossexual é bom ou ruim, mas se relacionamentos amorosos entre pessoas do mesmo sexo dentro de um compromisso permanente com um parceiro devem ser aceitos pela igreja. Eles argumentam que, em tais casos, a igreja deve apoiar e aceitar o comportamento homossexual. No que se segue, resumirei em traços e comentários amplos o raciocínio por trás dessa proposta.
- Impacto Emocional.Testemunhos são recolhidos e compartilhados descrevendo o profundo impacto emocional que alguns Adventistas experimentam ao perceber que eles são homossexuais. Ouvi-los ou ler sobre sua experiência é de fato emocionalmente doloroso. Também lemos sobre a experiência traumática que seus pais Adventistas experimentam. Todos eles amam o Senhor e, no entanto, encontram-se numa situação que nunca anteciparam. Eles procuram o apoio da “igreja carinhosa,” porém só encontram rejeição. Como resultado, eles criaram seu próprio sistema de apoio à margem da igreja e encontraram porta-vozes para isto dentro do Adventismo.
- Evidência Científica.A fim de validar o caso de um tipo particular de homossexualidade, aqueles que o apoiam utilizam os resultados dos estudos realizados nos campos da biologia, da psiquiatria e da sociologia. A evidência é usada para demonstrar que a homossexualidade é um tipo natural de orientação sexual dentro da população humana; que é normal ter entre 5% a 10% de homossexuais em qualquer sociedade. A orientação homossexual é considerada pelas comunidades médicas e científicas ser uma variação humana normal. Argumenta-se então que é incorreto referir-se ao homoerotismo como uma perversão ou como um pecado.
- Reinterpretação de Textos Bíblicos.Soba influência da permissividade sentimental e das comunidades científicas, alguns teólogos Adventistas argumentam que os textos bíblicos que abordam a homossexualidade precisam ser trazidos à mesa para análise adicional. Sob a influência do pós-modernismo, eles argumentam que a maneira como lemos o texto bíblico reflete nossa própria perspectiva e não necessariamente o que o texto diz. O texto em si não tem um significado final. Portanto, precisamos reconhecer as percepções de outros crentes como leituras legítimas do texto. Com base nestes postulados, eles oferecem sua própria leitura dos textos relevantes. Eles argumentam que as passagens do VT lidam com a impureza cerimonial homossexual associada à prática de atos homossexuais em duas religiões pagãs. O NT, eles adicionam, abre um caminho para a igreja dar boas vindas à homossexualidade como um estilo de vida, porque Jesus eliminou a impureza cerimonial.
- Argumentos Teológicos.A fim de limitar a prática do comportamento homossexual à sua expressão no contexto de uma relação amorosa do mesmo sexo em Cristo, eles tentam transferir a teologia bíblica da sexualidade humana a partir de uma compreensão heterossexual para uma homossexual. Eles são forçados metodologicamente a argumentar em generalidades sobre a legitimidade do amor do mesmo sexo. A bondade do sexo instituída por Deus, dizem eles, está aberta a tal intimidade. No cenário do amor, a primazia é dada aos relacionamentos e não ao ato sexual. Não é uma questão de saber se o ato é certo ou errado, mas se o relacionamento é bom ou ruim. O amor como afeição, lealdade e respeito mútuos pode ser expresso na intimidade do homoerotismo.