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Que evidência bíblica apoia o ensino que Miguel é outro nome para Jesus?
O nome Miguel é usado cinco vezes na Bíblia para designar um ser celestial (Dn 10:13, 21; 12:1; Jd 9; Ap 12:7). Ele não é em nenhum lugar explicitamente identificado com Jesus, mas alguns escritores Cristãos têm igualado os dois, comparando cuidadosamente o papel desempenhado por Miguel com o de Jesus. Todas as comparações produzem não apenas semelhanças, mas também dessemelhanças, e ambas devem ser levadas em conta. Começaremos com as passagens nas quais Miguel é mencionado e, em seguida, ampliaremos o horizonte para incluir várias passagens que estão conceitualmente relacionadas com Sua pessoa e experiência. 1. Ele parece ser um anjo: Miguel é identificado como “um dos príncipes supremos” (Dn 10:13, NVI), “o príncipe de vocês” (verso 21), “o grande príncipe” (Dn 12:1), e “o Arcanjo” (Jd 9). “Arcanjo” implica que Ele é o príncipe dos anjos, sugerindo que Miguel não pode ser outro nome para Jesus porque Ele é divino e os anjos são seres criados. Parte do problema é que o substantivo “anjo” é aceito para designar uma criatura, enquanto na Bíblia ele designa uma função. Em outras palavras, um “anjo” é um ser que atua como um “mensageiro” de Deus. Na maioria dos casos, eles são seres criados, mas há uma exceção. No Velho Testamento há várias referências ao “anjo [mensageiro] do Senhor” nas quais Ele é igualado a Deus (e.g., Êx 3:2, 4; Jz 6:12, 14). Não é que o Mensageiro seja identificado com Aquele que O enviou como Seu representante, mas sim que Aquele que envia funciona ao mesmo tempo como o Mensageiro. Muitos Cristãos identificavam o Anjo do Senhor como o Cristo preencarnado. Esta interpretação Cristológica parece ser biblicamente válida. 2. Ele é líder dos anjos: A frase “um dos príncipes supremos” (Dn 10:13) poderia dar a impressão de que Ele é um entre muitos príncipes. Mas de acordo com Apocalipse 12:7, Miguel é o líder supremo dos anjos celestiais, ou “o grande príncipe.” Quando necessário, Ele auxilia pessoalmente os anjos em suas tarefas designadas (Dn 10:13), mas as hostes angélicas estão sob o Seu comando (Ap 12:7). Ele é de fato o “Arcanjo” (Jd 9). Este título é mencionado em um outro lugar na Bíblia: 1 Tessalonicenses 4:16, no contexto da segunda vinda de Cristo. Ele retorna “com a voz do Arcanjo,” sugerindo que Miguel provavelmente seja outro nome para Jesus. 3. Ele protege o povo de Deus: Miguel é descrito como o Príncipe de Israel (Dn 10:21), Aquele que protege Israel (Dn 12:1). Esta proteção é descrita em termos militares e retrata o Príncipe como um guerreiro. Em praticamente todas as passagens em que Ele é mencionado há um conflito entre o povo de Deus e seus inimigos, e Miguel está presente para defendê-los ou lutar por eles. A proteção também pode assumir a forma de julgamento no qual Miguel levanta-Se e defende e livra o povo de Deus (ibid.). Essas são funções de Cristo no Novo Testamento e confirmam a sugestão que Miguel e Cristo são a mesma pessoa, envolvida na liderança nos reinos celestiais e terrenos. 4. Ele é Príncipe das hostes celestiais: Em Daniel 8:10 há uma referência a um ser celestial que realiza os serviços diários no santuário celestial. Existe apenas uma outra passagem no Velho Testamento em que este ser é mencionado. Josué teve um encontro com um ser que se identificou como o “capitão [comandante] da hoste [exército] do Senhor” (Js 5:14). Ele ordenou que Josué removesse seus sapatos, porque o chão que ele estava era santo, semelhante à aparição de Deus para Moisés. O contexto deixa claro que este ser era o Próprio Senhor (Js 6:2). Este Príncipe é a mesma pessoa chamada em outras passagens de Príncipe Miguel, e, portanto, podemos identificá-Lo com o Cristo preencarnado. Assim, mesmo que a Bíblia não identifique claramente Miguel com Cristo, há informação bíblica suficiente para justificar o ponto de vista que Eles são a mesma pessoa. O nome Miguel salienta o fato que Cristo é o líder supremo dos anjos celestiais e o defensor de Seu povo como guerreiro, juiz e sacerdote.